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A beleza do amor incondicional!
Numa linda noite sem nuvens eu olhava o céu azul escuro,
pontilhado de pontos luminosos, e meu coração se enterneceu, pela
imensidão do espaço, e pela beleza de tantas pedras preciosas espalhadas
pela abóboda de veludo, do firmamento.
Eu pensava no encanto do céu, na riqueza de tantas jóias de
esmeraldas cintilantes, rubis que pareciam gotas de sangue de um
vermelho de fulgor, de cristais puros como gotas de orvalho, que
encenava uma pintura pictórica de rara beleza!
Eu também meditava na dor oculta da humanidade nas lágrimas
escondidas em corações partidos, nos segredos de dor escondidos em
muitos peitos soluçantes! Quem pode pesar a dor humana, quem pode medir o
sofrimento que não pode ser vista pela indiferença humana?
Meu coração soluçava por sentir a impotência da compaixão que
não encontrava ressonância em corações gelados de almas humanas
petrificadas no egoísmo sem limite, alimentado pela ambição desmedida
que ronda o planeta como abutre negro!
Eu cismava quando uma estrela riscou o firmamento, e descendo do
céu escuro, como o pássaro que busca o abrigo do ninho acolhedor,
pousou no âmago do meu mundo interno! A luz resplandeceu, e uma ternura
imensa se apossou de meu ser! Eu me entreguei aquele doce enlevo, assim
como o leito do rio caudaloso, aceita a água que corre mansamente, como a
flor que aceita o orvalho da madrugada, como o botão de rosa que aceita
a carícia dos raios dourados e mornos do sol!
A estrela aqueceu e iluminou a minha alma. E o astro benfazejo,
aumentou o seu fulgor, até inundar de luzes o santuário de meu mundo
interno, e uma onda de amor eclodiu como vulcão que de repente lança
fogo e lavas, numa erupção feérica! O cálice do coração não comporta
tanto amor em ebulição, e ele se lança para todo o mundo, como se a
estrela se fragmentasse em um bilhão de pedaços para aquece os corações
da humanidade!
Eu amei este astro dadivoso, que me trouxe frescor de vida,
pedaços de céu azul, essência de santidade, pureza de neve das montanhas
do Himalaia.
O meu amor cresceu e cresceu, desabrochou como o botão de rosa
que anseia pela carícia dos raios de sol. Meu coração esmaeceu por tanta
luz e tanto amor do astro dadivoso e não pode mais ser contido no
pequeno pedaço do espaço não se passa do meu mundo interno! Eu amei
minha pequena estrela com todo amor de minha alma, toda ternura do meu
coração, e me entreguei a este amor, mansamente, numa entrega como a
terra quente e calcinada se entrega com enlevo para a chuva amada e
desejada!
Quem pode medir a imensidão de um amor que se entrega, sem nada
pedir, nada desejar, nada esperar, apenas se doando como a rosa doa o
seu perfume?
Amor, eterno amor! Quem compreende o amor, a não ser outro amor?
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Deus Ilumine teu caminho!